Projetos
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Fluxos indígenas entre sertão e metrópole: Estudo sobre território e população, cosmopolítica e mobilidade pankararu
Fonte: Edital Produtividade em Pesquisa do CNPQ 2018-2020
Responsável: José Maurício Arruti (Unicamp)
Resumo: Este projeto tem como objetivo geral aprofundar o conhecimento nas áreas da Etnologia e da História Indígena e do Indigenismo, consolidando hipóteses e avançando na investigação teórica sobre o fenômeno, de importância continental, da migração ou mobilidade indígena para as grandes cidades e as transformações cosmológicas, organizacionais e identitárias nele implicadas. Por meio do apoio do CNPq, buscamos avançar na análise de dados e hipóteses que vimos desenvolvendo nos últimos cinco anos, que nos permitem uma reflexão que se situa em uma área de liminaridade da disciplina antropológica em diferentes dimensões: empírica, disciplinar e interdisciplinar. Empírica, porque o recorte empírico deste largo campo etnográfico inclui os territórios, populações e fluxos de objetos e de pessoas humanas e não humanas compreendidos, de um lado, pelas Terras Indígenas ocupadas pelo Tronco Velho e pelas Pontas de Rama Pankararu nos sertões de Pernambuco, Alagoas e Bahia e, de outro lado, pelos bairros populares da Região Metropolitana de São Paulo. Disciplinar porque, em função de tal recorte, nosso trabalho se situa também no limiar entre a etnologia indígena se encontra com a antropologia urbana. E, finalmente, porque estamos mobilizando nesta análise uma metodologia mista, baseada na interdiciplinaridade com a História e a Demografia, articulando etnografia, história de vida/de famílias, assim como a realização de um survey com universitários indígenas e um censo demográfico participativo.Mais informações: http://jm-arruti.blogspot.com/p/pesquisa.html
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Os Brasis e suas memórias: os indígenas na formação nacional
Colaborador regional: José Maurício Arruti (Unicamp)
Resumo: O projeto “OS BRASIS E SUAS MEMÓRIAS: OS INDÍGENAS NA FORMAÇÃO NACIONAL” propõe-se a realizar pesquisa e produzir dados e interpretações novas sobre um aspecto muito pouco estudado e conhecido na história de nosso país – a continuada e persistente presença da população autóctone não só no período colonial e no século xix, mas no brasil republicano e atual. Com a iniciativa de reunir essas histórias gostaríamos de contribuir para recontar a história do brasil, para implodir os lugares comuns e estereótipos que nela são atribuídos às populações indígenas, produzindo em seu lugar novas fontes de pesquisa histórica. É com esse intuito que estimulamos TODAS E TODOS PARA QUE CONTRIBUAM COM A CONSTRUÇÃO DE UMA OUTRA MEMÓRIA, conectada com os projetos políticos indígenas contemporâneos.
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Povos Indígenas na Metrópole - Indianidade, Urbanidade e Reflexividade Cultural
Equipe: Alessandra Traldi, Amanda Bertolini, Bárbara Estanislau, Sofia Veturoli, Virgínia Borges

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Artesanato Pankararu: Memória e Patrimônio, Educação e Sustentabilidade

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A metamorfose do ofício de etnólogo perante as transformações indígenas decorrentes da aceleração da "modernidade"
Resumo: Em 1978, no início da pesquisa com os Metyktire, um subgrupo Mebêngôkre-Kayapó (um povo Jê), situado em Mato Grosso e Pará, o célebre chefe Raoni sintetizou o papel do antropólogo como ajudando a “guardar a cabeça do avô”. Atualmente, os índios estão ansiosos perante a perda de conhecimentos ocasionada pela morte de seus detentores. Mas os velhos também reclamam do desinteresse dos jovens pela sua própria cultura perante seu deslumbramento com o mundo não-indígena. Hoje em dia as comunidades indígenas brasileiras querem que os etnólogos assessoram ou até geram e gerenciam seus projetos de ‘desenvolvimento econômico’, incluindo o resgate e armazenamento de conhecimentos tradicionais. Trata-se de uma questão que afeta a maioria das pesquisas etnológicas atualmente. O projeto dialoga com essa conjuntura, analisando como influencia o tipo de pergunta que o etnólogo formula no campo e o teor das respostas. Questões éticas se fazem cada vez mais presentes, tais como a imparcialidade do pesquisador perante o vínculo a projetos socio-econômicos e educativos. Os índios estão se reinventando; resta saber como nós antropólogos podemos acompanhá-los nessa empreitada, reinventando nosso ofício.

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Linguagem, comunicação e expressão entre o povo Mebêngôkre

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Diferença e desigualdade: uma abordagem das desigualdades sociais nos Censos brasileiros do ponto de vista indígena e quilombola
Equipe: Ricardo Dagnino, Alessandra Traldi, Bárbara Estanislau

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Sistemas regionais ameríndios em transformação: o caso do Alto Xingu
Equipe: Betânia de Lima Ribeiro Almeida Freitas, César Queiroz Guimarães, Diogo Henrique Cardoso, Gabriela Aguillar Leite, Ian Packer, Luiza de Paula Souza Serber, Verônica Monachini de Carvalho
Resumo: O objetivo deste projeto é contribuir para a compreensão dos chamados “sistemas regionais” da América do Sul indígena, e consolidar uma linha de pesquisas sobre o tema no PPGAS/Unicamp. Seu recorte temático são as dinâmicas e transformações contemporâneas do complexo multiétnico e multilíngue do Alto Xingu (Parque Indígena do Xingu, MT). O foco etnográfico incide sobre os modos pelos quais este sistema regional tem se entrelaçado com o mundo não indígena, procurando elucidar como estas relações ao mesmo tempo se enraízam em uma cosmopolítica xinguana e, em contrapartida, contribuem para produzir transformações em aspectos diversos da vida dos grupos da região. Espera-se nuclear um grupo de pesquisadores na instituição sede, capaz de produzir uma visão dinâmica do complexo alto-xinguano e que forneça subsídios para sua comparação com outros sistemas regionais ameríndios.