O forte do Iguatemi : atalaia do império colonial e trincheira da memória dos índios Kaiowa da Paraguassu.

Autor: 
SANTOS, Ana Maria do Perpetuo Socorro dos,
Resumo: 

Os Guarani-Kaiowá de Mato Grosso do .Sul. em seu involuntário relacionamento com a sociedade nacional, passaram por diferentes situações históricas. Do início da conquista européia até o século XX esta população indígena esteve sempre em situações de conflito com as potências européias, Jesuítas, Bandeirantes, Guerra do Paraguai, Cia. Mate Laranjeira e nos dias de hoje enfrentam novas frentes de expansão capitalista. A sociedade Kaiowá enquanto sociedade que procura sobreviver mesmo em desvantagem em relação à sociedade nacional extrai de seu imaginário social a força que necessitam para continuar existindo e projetando seu futuro. Para tanto, pretendemos levantar questões sobre a história vivida (memória coletiva) sobre o Forte do Iguatemi pela comunidade Kaiowá da aldeia Paraguassu e relacioná-Ia com a história construída (produção historiográfica). A lembrança do Forte é um elemento integrador da identidade étnica e adquire um significado político uma vez que atesta a imemorialidade na ocupação do território por este grupo, referendando a letimidade atual da ocupação da terra. A lembrança do Forte toma-se uma representação coletiva deste grupo.

Referência: SANTOS, A. M. P. S. O forte do Iguatemi: atalaia do império colonial e trincheira da memória dos índios Kaiowa da Paraguassu. 2002. 159p. Dissertação (mestrado em história) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Campinas, SP.

Palavras-chave: 
Índios Guarani - Biografia; Índios Guarani - Posse da terra; Índios da América do Sul - Direito constitucional